domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Budismo Original - Sem Distorções


Como toda religião, o Budismo não passa indiferente às distorções de significados, linguagens, e deturpações por assimilações com outras religiões na história, fato muito comum na história das próprias religiões.

O Budismo inicial, primevo, ditado por Buda, era isento de idolatria a deuses, isento de dogmas. Foi se criando ao longo do tempo uma série de doutrinas a partir de sua morte, distorcendo assim as fontes.

O budismo sempre foi uma mescla de religião e filosofia. Era sim uma filosofia, das mais perfeitas. Mas também não deixava de ser uma religião, pois pretendia a salvação da alma do Homem.


Buda sempre deixou gravado na sua filosofia a verdadeira liberdade, livre dos grilhões que sempre se acumulam no espírito e no pensamento. Dizia ele:


"Não acredite em mim porque sou o seu professor. Não acredite em mim porque os outros acreditam. E também não acredite em nada porque leu num livro. Não coloque sua fé em relatos ou tradição ou rumores ou na autoridade de líderes ou textos religiosos. Não conte com mera lógica ou inferência ou aparências ou especulações. Conheça por você mesmo que certas coisas são prejudiciais e erradas. E quando o fizer, então desista delas. E quando souber por si próprio que certas coisas são benéficas e boas, então as aceite e as siga."


Cabe dizer também que o o budismo original sempre tinha como esmero a libertação do sofrimento durante a vida. E não na extinção dela.

E que a filosofia que mais se aproxima hoje do budismo original é a do Zen.

4 comentários:

Lipe disse...

Come sempre, brilhante, direto, efetivo.

E mais uma vez, assuntos que rondam a minha mente.. Acho que sem querer, de alguma forma metafísica, eu assino o RSS do seu blog no meu cérebro, mas não lembro de ter baixado o plugin de feed hehehe

Parabéns!

clarice Mascena disse...

Ando meio doida tentando compreender algumas dessas filosofias. Eu sou descrente demais e tudo o que pesquiso está repleto de mais indagações do que as que eu tinha antes. Conclui que o que torna nossas vidas bastante dolorosassão os sentimentos e as emoções. Mas, se os afastamos de nossas vidas, a existencia parece não ter sentido algum. Complicado, né?

Caio disse...

Oi Clarice. Só vi.hoje sua msg no blog. Exatamente. É um paradoxo.
Mas acho que a.questao consiste em como devemos lidar com os sentimentos e.as.emocoes. O que Buda aprendeu em seu caminhar, foi que no.fundo, o que é importante, é o Caminho do Meio.

Anônimo disse...

Não é contraditório haver um homem sendo apontado como a reincarnação de Buda? Me refiro ao Dalai Lama. Se o Nirvana marca, como me foi ensinado, o fim de todos os sofrimentos e fecha a roda de encarnações. Como pode Buda retornara a este mundo para mais uma existência?