
“A Verdadeira filosofia zomba da Filosofia” - Blaise Pascal
Depois de ler o Livro de Simone Regazzoni, que discorria sobre toda Verdade que ele via na famosa série televisiva “Lost”, tive a intensa ideia de falar um pouquinho sobre a tal da Verdade que a Filosofia sempre buscou.
A busca pela Verdade, da verdadeira, íntima, realidade das coisas, do Autógrafo de Deus, sempre foi o fundamental prisma na qual a Filosofia se engajou.
Cabe perguntarmos: O Conhecimento da Verdade (toda) realmente é tão importante? Se respondermos que não, veremos que talvez haja uma espécie de “libertação” a partir de tal ponto.
Vamos partir então da ideia da existência de alguma essência de que poderíamos chamar ou denominar de “Eu”. Submetendo este conceito de “Eu” ao crivo da dúvida metódica clássica filosófica, ou mais precisamente, da filosofia budista, por exemplo, (para saber mais sobre Budismo, vale alguns cliques: http://www.acessoaoinsight.net/ -- http://www.dharmanet.com.br) poderemos chegar à conclusão de que não existe um “Eu” propriamente dito. O que existe, meramente, é um conceito de “Eu”.
Quando alguém, genericamente reconhece em ti algum “Você”, ou exemplificando, alguém traz algum tipo de reconhecimento a um trabalho seu, algum esforço, ou alguma gratidão a você, imediatamente você se sente congratulado ou pelo menos um pouco envaidecido. Não há mal nenhum nisso. O Reconhecimento, o ato de reconhecer ou ser reconhecido por algo é deveras importante. E é importante não porque reconhece algum “Eu” de que você irá se orgulhar; O que está no fundo deste filme é mais profundo. É importante, pois, reconhecer seu “trabalho”.
Reconhecer seu Esforço.
Reconhecer seu Sofrimento para a consecução de algum objetivo.
Reconhecer seu Desejo para sair do “Sofrimento”.
Reconhece assim sua Humanidade por trás de tudo isso. O “Humano” em Você. A Força da vida que te anima. Pois o que arde em você, arde em mim.
Isso tudo reconhece que a “diferença” existente entre dois indivíduos é apenas aparente. Certifica-se através de uma palavra, um gesto, que o Outro é semelhante a você. É como se uma voz falasse: “Agora te reconheço como eu mesmo.” O Reconhecimento é Transcendental.
E onde está a Verdade nisso tudo? Em tudo...
Se esquecermos a ideia de “Verdade”, iremos nos ocupar do “Aqui e Agora”. Sempre irá existir a realidade que está Além. Então apenas cuidemos de nossas plantações e colheitas, de nossos “irmãos”, de nossa casa. Isso de certa forma basta.
Reconheço o deus que há em você. Namastê!