terça-feira, 27 de julho de 2010

A mão que afaga é a mesma que destrói?

Este é um pensamento velho, xôxo.


Mas digamos que não o seja… (Acho que devemos ter esse mesmo empenho com todos os pensamentos antigos, usados, obsoletos)


Esses dias me peguei pensando… Ao tomar conhecimento de uma obra musical, eu vi que a mesma fora patrocinada por uma grandiosa empresa de Petróleo. Provavelmente é um merecido projeto patrocinado por ser uma obra artística de alto valor cultural para o país. Não tenho dúvidas de que a obra musical citada tenha uma miríade de valores.


O que questiono aqui é o fato de estarmos todos tão amalgamados a um Todo, que, quer queiramos conceituar como ruim ou bom, estamos Nele. A cultura e a sociedade que vivemos é um caro exemplo disso. Como poderíamos conceituar a empresa petrolífera neste caso? Uma empresa de alto valor social, prestativo? Uma seda que cobre e disfarça um mar de terror e descaso para com a sociedade humana? As duas coisas? Nem uma coisa nem outra?


Difícil não? Assim como a maioria das “coisas” da vida, tudo que pegamos como um “objeto” final e de essência última, não conseguimos achar essa essência última. E porque não? Porque essa essência não existe.


No caso parcialmente despido acima, podemos ver o quanto está impresso em nós um “estar no mundo” que não permite totalizações últimas e definições últimas.


Já deixei claro em outros escritos o quanto acho que o mundo é governado não por políticos, mas por grandes empresas. No caso de empresas de petróleo, o caso é muito grave. Pois são elas que mancham (literalmente) o nosso mundo. Essas empresas comandadas por “bípedes”¹, governam a razão dos ambiciosos descabidos, saqueiam a beleza natural, matam ideias possuidoras de potência criadora e agregadora para os humanos. Mas somos tão culpados e coniventes com tudo isso, que é impossível saber o começo e o fim dessa grossa e condensada camada de “lama”. Olhemos nossa “Sombra”. Somos consumidores ou cão-sumidores? Talvez o melhor seja assumirmos nossas dores.



“Devemos encarar com tolerância toda loucura, fracasso e vício dos outros, sabendo que encaramos apenas nossas próprias loucuras, fracassos e vícios. Pois elas são os fracassos da humanidade à qual também pertencemos. Assim temos os mesmos fracassos em nós. Não devemos nos indignar com os outros por esses vícios apenas por não aparecerem em nós naquele momento." - Arthur Schopenhauer – trecho de Parerga e Paralipomena

¹
Quem conhece Schopenhauer sabe do que estou falando… rs


poema em papel de pão ; Fy: VCSBDQSTFLND

3 comentários:

Anônimo disse...

Ah ... eu adorei a poesia!

E o post também.
Um círculo vicioso, não ?
Eu já batizei estas perguntas de perguntas circulares.

Outro dia , eu escrevi sobre Discernimento, lá no Wind.
Gosto dele. E não acho que ele seja tão difícel. É filho da Inteligência. E só perdemos a Inteligência quando mergulhamos no Comodismo. Na preguiça de ser. E a preguiça de ser nos transforma em parasitas.
Parasitas dos sistemas , das crenças , dos medos , dos amores , etcetalz...

Eu tirei isto de um livro que eu adoro, acho que todo mundo deveria ler : - ahahah -

- O “padrão” é inexorável em suas falhas degenerativas.
Repete-se nos sistemas de escravidão, nos Estados do “bem-estar”, nas Religiões estratificadas, nas burocracias socializantes –
em qualquer sistema que crie e mantenha dependências.

Seja um parasita por muito tempo e você não poderá existir sem um Hospedeiro.

God Emperor of Dune
Duna
Frank Hebert

bj
Fy
- só consigo escrever aqui como anônima - pq ele não caeita wordpress ?

Anônimo disse...

sorry: aceita,
bj

Caio disse...

desculpa, fy,...rs... eu nao entendo as vezes esses bloggers.....