quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Teatro : Um leigo em “Suspensão”


Uma mistura de influências de atos artísticos das mais diversas ordens: Shakespeare, Quentin Tarantino, Saramago, Nietzsche. Assim é a minha sensação, reflexão de um leigo em Teatro. A Peça em questão é Suspensão, da “Trupe Acima do Bem e do Mal”, grupo de Ribeirão Preto, com texto escrito por Lucas Arantes e dirigido por Mateus Barbassa, com o elenco: Fernanda Lins, Davi Tostes, Ademir Esteves, Maria Angélica Braga, Lucas Chaves.

Realmente, o efeito da obra fica em suspensão. Do grau de aturdimento deixado no Inconsciente, o “Consciente” fica tentando amalgamar ideias em torno da causa que gira no decorrer da peça.

As texturas experimentadas são de temperos com odores variados, como as sensações noturnas que costumam nos tragar, sensações inquietantes e angustiantes, em torno do motivo principal da peça que é um mundo sem ninguém, só o Avô, o ELE e o ELA. É a necessidade intrínseca à vida que é a necessidade da existência do Olhar do Outro.

Nomeado pelo diretor da peça como de influência do Pós-Dramático, o mundo espelhado no palco é de uma morte em busca da vida, ou a vida em busca de uma morte... O impacto do silêncio, da falta de motivos pelo qual se mover, se motivar e se esperançar...

O constante apagar das luzes em momentos-chave e a repetição de falas e cenas nas cenas, dão um aspecto cinematográfico à peça.


Quem quiser saber mais, acesse

www.lucasarantes.wordpress.com

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa Caio, fiquei muito feliz em ler teu comentário.
Você conseguiu traduzir a peça em sensações muito interessantes.
Obrigado por postar suas impressões do espetáculo.
Um abraço